COMO SE TORNAR ANALISTA?
Em 1926, com o texto “A questão da análise leiga”, Freud manifestou-se publicamente em defesa de Theodor Reik, acusado de praticar a psicanálise sem possuir qualificação médica. A tomada de posição de Freud não foi consensual entre os integrantes do movimento psicanalítico à época, mas mostrou-se decisiva para a consolidação da psicanálise enquanto campo autônomo da medicina e, posteriormente, da psicologia.
A afirmação de que a análise é leiga traz embutida a questão: como se tornar um analista?
Neste encontro de abertura das atividades do 1º semestre do Ebep-JF, discutiremos os argumentos que sustentam a crítica da Rede do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos à formação nos moldes clássicos. Discutiremos também a proposta de um novo horizonte para a formação, compreendida como um processo subjetivo singular, que se constrói através de um percurso “orientado pelos movimentos pulsionais, pelo desejo, e pela transferência, com toda a radicalidade que isso implica”.
Para isto, recomendamos a leitura prévia do texto freudiano “A questão da análise leiga” (1926) e do texto “Em pauta: formação analítica”, elaborado pelo Grupo de Trabalho Problematizações da formação em psicanálise do Ebep-Rio.